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Carolina Fonseca Reis

A minha Iniciação no Rito Lunar


Hora de fecharmos os olhos carnais, para que os olhos espirituais possam abrir.


Com a respiração cada vez mais profunda, as tensões diante o desconhecido vão se aliviando.


Os sentidos do corpo físico ficam cada vez mais sensíveis às impressões da dimensão espiritual, algo que foi me familiarizando com aquele ambiente até então desconhecido.


As vozes e as melodias que tocavam no salão onde transcorria a reunião, fizeram-me viajar interiormente elevando minha consciência às esferas espirituais, onde me via presente nos corredores dos antigos castelos medievais, com ecos das gotas d'água ao fundo, velas e tochas iluminando os ambientes misteriosos. Como era grande aquele misterioso local, cujos sentimentos as singelas palavras jamais poderiam descrever!


As irmãs guardiãs, eternas vigilantes do sagrado, a todo o momento, zelava e nos preparava adequadamente para o grande e tão esperado momento da revelação da verdadeira luz.


Ao adentrar o salão da reunião, fui acolhida, não só pelos irmãos carnais, mas também pelos veneráveis irmãos e mestres espirituais.


Os elementos, ali apresentados, reconectaram-me ao Todo. Os juramentos que nós, irmãs adotadas, prestamos diante dos outros irmãos e mestres que nos acolheram, não revelavam uma obrigação que nos prenderia a algo, mas revelavam as responsabilidades que nós temos perante nós mesmas. E ao beber do desconhecido cálice das libações, este ato me fez sentir plenamente segura e mais confiante na minha escolha por esta egrégora maçônica.


Lealdade, confiança, respeito, discernimento e paciência, foram inspiradas e transmitidas através de cada "martelada" sobre aquele ferro (espada) colocado e que vibrava sobre a minha cabeça.


Diante de todas as sensações suscitadas naquele momento, que variavam do medo inicial ao agradável desvelamento da luz no final, a sensação que eu gostaria de salientar neste trabalho sobre a minha iniciação, não é a sensação de medo do desconhecido ou do receio em abrir meus olhos carnais quando deles foi retirada a venda, mas o sentimento de confiança e segurança que senti ao ser recebida pelos meus irmãos e irmãs, bem como a tranquilidade ao tomar conhecimento das minhas responsabilidades para com a ordem, para com a loja e para com todos os meus irmãos e irmãs.


Com o abraço fraterno e muito acolhedor do Venerável Mestre, o meu dia de renascimento simbólico foi selado.


Relato por fim e deixo aqui a minha gratidão, ao Mestre que me guiou inicialmente na senda, por todos os ensinamentos transmitidos antes da minha iniciação, dando-me a certeza de que eu estava sendo conduzida para um local seguro, com bons ensinamentos e por caminhos da verdadeira iniciação legada pelos genuínos mestres da iniciação, que se sacrificaram e até derramaram sangue para que este caminho se perpetuasse até o dia hoje, no experimento a mesma energia e vibração que outrora eles também experimentaram.


Minha gratidão às irmãs e aos irmãos, pelo respeito, pelo acolhimento e pelas orientações transmitidas durante a iniciação nessa minha nova jornada. E por fim, minha gratidão eterna ao ser espiritual (águia) que jamais nos abandonou e a todo momento nos observava.


Autora: Irmã Carolina Fonseca Reis - ( 1º ) Ap.'. M.'. Adotada

Revisão: FR+ Irmão Leigo






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2 komentáře

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Host
(19. 3.)
Hodnoceno 5 z 5 hvězdiček.

A irmã conseguiu expressar muito bem a linda vivência excelente jornada gratidão por partilhar

To se mi líbí

Nobre e mui bem-vinda Irmã Carolina: Parabéns por vossa primeira de inúmeras peças que muito nos agregarão. Agradecemos à Venerável Egrégora por se unir a nós e que G∴A∴D∴U∴ siga a iluminando em vossa jornada. (Me reservei de avaliações pois a esse peregrino aqui cabe o aperfeiçoamento).

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