top of page
Foto do escritorIrmão Leigo

O papel e a Importância da Mulher na Iniciação

Caríssimos.


CAGLIOSTRO escreve num manuscrito restrito à ordem sobre ter sido "dedicado às antigas iniciações um fato especial, que caracteriza a iniciação dada aos romanos por Numa, dando maior importância às mulheres, a exemplo dos antigos egípcios, que cultuavam a divindade suprema sob o nome de Ísis”.



Nas iniciações dos antigos Gregos, eram os bacantes que roubam o segredo iniciático de Iacchus (Dionísio) que em Roma tomará o nome de Bacchus:


e Numa pedirá suas inspirações à sábia e discreta Egeria, a deusa do mistério e da solidão. O que deve assegurar o futuro de Roma é o culto da pátria e da família. Numa entendeu isso e aprendeu com Egeria como honrar a mãe dos deuses. Ele ergue um templo esférico sob cuja cúpula arde um fogo que nunca deve se apagar. Este fogo é guardado por quatro virgens que serão chamadas de vestais e que serão cercadas de honras extraordinárias se forem fiéis, punidas com rigor excepcional se falharem em sua promessa. A tradição mágica de todos os tempos menciona a virgindade como algo sobrenatural e divino. A mulher não é mais a escrava oriental, mas ela é agora a divindade doméstica ” (Domine – Senhor).


Cagliostro continua afirmando que:



"... a primeira consequência do pecado de Eva foi a morte do seu filho Abel. Ao separar o amor da inteligência (razão), Eva fez essa separação com a força da sua ira, pois Eva, manifestando seus mais baixos instintos primitivos (Lilith) fica cega e submetida ao orgulho e à ganância terrena, e seus ciúmes, orgulho e ganância matam o amor.


Então os filhos de Caim perpetuam o crime de seu pai. Eles trazem ao mundo filhas fatalmente belas, sedutoras e insubmissas, sem qualquer amor, mas cheias de orgulho, ganância e interesses inferiores. Elas nascem para a condenação dos anjos e para o escândalo dos descendentes de Seth."




Citando as duas tradições clássicas, a romana e a judaica, o Líbano destaca dois traços comuns às civilizações antigas:


  • 1. o papel predominante da mulher no contexto sagrado da família, algo que gradualmente se degradou ao longo do tempo e nos tempos modernos foi fatalmente anulada por querer igualá-la ao homem, dando origem a um tipo de família que perdeu totalmente os valores fundamentais do sagrado e do amor.


(Observação: o homem nunca será igual a mulher; e a mulher nunca será igual ao homem; ambos são distintos e a única igualdade que existe encontra-se nos valores e importâncias das suas particularidades, que se completam).


  • 2. um novo papel da mulher não deve ser categorizado de acordo com a época em que ela vive; este é um erro básico que devemos esclarecer tanto quanto pudermos, para evitar o caos social.


Por natureza, a mulher é o ser que tem um papel muito preciso na ordem universal, assim como cada ser vivo (animais e vegetais) em todas as suas formas têm o seu papel muito preciso e eu diria ou acrescentaria que é fundamental para a harmonia e ao equilíbrio cósmico.



Ora, este papel é o do silêncio e do recolhimento do seu segredo (pudor), que acolhe e gera a vida, tornando-a adequada a esta realidade física (material) em que ela está prestes a mergulhar.



Este, por assim dizer, "recipiente de vida" que só uma mulher pode ter, inevitavelmente lhe dá as qualidades de conexão, intercâmbio com uma realidade superior suprafísica, que tornará sua natureza mais sensível e capaz de acolher a centelha divina, seja a vida, seja a verdade, seja o conhecimento.


Esta tarefa leva a mulher inevitavelmente a ser mais reflexiva, atenta e aberta às influências de um mundo superior, que para os homens permanece desconhecido, mas que ao mesmo tempo lhe dá (dá ao homem) a possibilidade, através da observação atenta do que ela revela e lhe acontece, de ser capaz de apreender sobre a parte invisível e fazer manifestar no mundo visível, assim na terra como no céu, as sublimes verdades invisíveis. E essa é uma habilidade pouco compreendida e valorizada, pertencendo somente às mulheres, qualidade que a torna tão importante ao mundo e sua sociedade.



Esta capacidade lhe dá os meios necessários para a criação física e evidentemente, para todos, e também, pode abrir-lhe a possibilidade de uma criação que vai além do mundo sensível, sendo ao mesmo tempo razão e possibilidade efetiva do ser criado e não mais apenas um receptáculo passivo.



Infelizmente esse processo não é compreendido e muitas vezes rejeitado pelas mulheres, que hoje (mundo moderno) têm dado asas a uma existência baseada sobretudo em interesses relacionados ao mundo material. Isso é fato e esse comportamento está distanciando elas cada vez mais da sua verdadeira natureza e da sua real razão de existir no mundo.



Certamente esse comportamento está em detrimento com o equilíbrio que se rompe, baseado na incoerência de iniciar uma competição inútil com o sexo oposto, sem compreender o seu verdadeiro lugar, que é altamente privilegiado no cenário universal.



O erro está em considerar apenas este modelo de existência humana, sem entender o porquê estamos aqui, qual é a nossa tarefa e o papel nisso tudo; e sobretudo, como podemos, através das possibilidades que nos foram dadas, ir além da realidade física e conectar com a nossa verdadeira origem.



E esse trabalho é algo exclusivo e pertencente somente às mulheres, trabalho que os homens não devem atrever a se aventurar.



A mulher traz a luz ao mundo (traz a vida, o conhecimento e a verdade do invisível) e o homem é quem deve proteger essa luz viva no mundo, para felicidade e prosperidade humana.



Eis o motivo da Torre Eiffel (a dama de ferro em Paris - França) e da Estátua da Liberdade (deusa Libertas em Nova Iorque – EUA).



OBSERVAÇÃO: A ninfa Egéria, divindade que se escondeu nas margens do Tibre, ditou a Numa todas as leis sagradas que governaram os romanos por mais de um milênio. Numa, com mais de oitenta anos, uniu-se espiritualmente a Egeria e fez dela sua noiva.



FR+ Irmão Leigo

142 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Commentaires

Noté 0 étoile sur 5.
Pas encore de note

Ajouter une note
bottom of page