top of page
Foto do escritorIrmão Leigo

O VERDADEIRO SER HUMANO E A SUA ÚNICA MISSÃO INICIÁTICA



O VERDADEIRO SER HUMANO E A SUA ÚNICA MISSÃO INICIÁTICA

 

Caríssimos,

 

O ser humano, em sua essência, é apenas uma consciência, uma consciência pura dotada apenas de livre-arbítrio.

 

Quando essa consciência escolhe encarnar aqui na Terra, ela se reveste com sete corpos distintos responsáveis pela conexão e interação entre o mundo material (visível) e espiritual (sensível).

 

Estes sete corpos servem apenas como veículos e/ou ferramentas à consciência, permitindo que ela (a consciência) perceba e experimente as sensações, as emoções e as vibrações dessa realidade inferior.

 

Assim, cada corpo (físico, de desejo inferior e superior, emocional superior e inferior, mental superior e inferior) tem a sua própria função específica, que é:

 

“- TRANSMITIR DIFERENTES TIPOS DE SENSAÇÕES, SENTIMENTOS, EMOÇÕES E EXPERIÊNCIAS DO MUNDO INFERIOR PARA A NOSSA CONSCIÊNCIA”.

 

 

1. O CORPO FÍSICO - (Corpo físico-químico)

 

O corpo físico nada mais é que uma roupa exterior na qual se encontram os 5 (cinco) sentidos, que são os órgãos físicos de recepção das vibrações desse mundo. Ele é o corpo mais denso (material) em comparação aos demais sete corpos.

 

É através deste corpo físico que nós (que somos apenas a consciência) experimentamos a dor e o prazer que ele sente. Nós não somos esse corpo físico, que nada mais é que um corpo animal. Mas toda dor e prazer que este corpo sente, nós os percebemos, pois há uma direta interação sensorial da “consciência” com o ambiente exterior.

 

Logo, se este corpo físico for queimado ou acariciado, a dor da queimadura ou o prazer da carícia não pertence à consciência, mas é apenas uma sensação perceptível pela consciência em razão das conexões que há entre o corpo físico (roupagem exterior) e a própria consciência (quem realmente somos).

 

 

2 e 3. O CORPO DE DESEJO - (Inferior e Superior)

 

Da mesma forma como ocorre com o corpo físico, o corpo de desejo é apenas uma camiseta (corpo de desejos) por baixo da blusa (corpo físico) e que reveste a consciência, sendo uma roupagem menos densa responsável pelos nossos anseios, nossas vontades, desejos e repulsas.

 

Este corpo de desejo é o que sente atração pelo belo e repulsão pelo horrendo. É ele que leva à consciência essa sensação de atração e repulsão, levando-a a buscar satisfações e evitar aquilo que a desagrada.

 

Quando uma paisagem nos atrai, ou quando um ambiente nos causa desgosto, esses eventos se processam no corpo de desejo.

 

Assim, as paixões, os impulsos e os instintos estão enraizados neste corpo de desejos, de forma a influenciar as ações, decisões, direções e escolhas da consciência, que as toma baseada nestes desejos imediatos que se processam no corpo de desejo.

 

 

4 e 5. O CORPO EMOCIONAL - (Inferior e Superior)

 

O corpo emocional, assim como os demais corpos citados anteriormente, é uma roupa à nossa consciência que serve de veículo às nossas emoções (como alegria, tristeza, amor e medo) que são levadas até a sede da consciência.

 

É através deste corpo emocional que a consciência humana experimenta uma vasta gama de emoções e sentimentos, colorindo sua vida com o calor das emoções, de maneira profunda e significativa.

 

As vibrações processadas neste corpo se traduzem em prazer ou dor íntima, emocional, tornando-se por isto fonte primária que se mistura e influencia o corpo de desejos.

 

Entretanto, tanto as emoções quanto os desejos não são parte da consciência, mas são apenas perceptíveis por ela, assim como a imagem é perceptível aos olhos e o som de uma música é perceptível aos ouvidos. Porém, a função do corpo de desejos é a de conectar a consciência com tais vibrações, ajudando a criar vínculos e relacionamentos com as pessoas e com o ambiente no qual convivemos. Pessoas e locais que manifestem dissabor no corpo emocional induzirão a consciência a se afastar, enquanto pessoas e ambientes aprazíveis influenciarão a consciência a desejar se aproximar.

 

 

6 e 7. O CORPO MENTAL – (Inferior e Superior)

 

O corpo mental é a roupa ou camada responsável pelos pensamentos, que estão relacionados aos conhecimentos intelectuais (mental inferior) e à sabedoria (mental superior).

 

É neste corpo que a consciência tem contato com as vibrações dos pensamentos, onde a mente racional analisa, planeja, resolve problemas, tomando as decisões mais lógicas baseadas nos conhecimentos adquiridos, permitindo à consciência navegar no mundo das miríades de pensamentos, aumentando o entendimento intelectual conforme o aperfeiçoamento desse corpo mental, permitindo à consciência criar e perceber estruturas mentais cada vez mais complexas. Assim como a musculação aperfeiçoa e fortalece o corpo físico; assim como a caridade e práticas religiosas aperfeiçoam e fortalecem o corpo de desejo e o corpo emocional, a leitura e o estudo aperfeiçoam o corpo mental inferior. Porém, somente a concentração e a meditação podem aperfeiçoar e fortalecer o corpo mental superior, aquele que transcende os pensamentos lógicos e racionais relacionados aos conhecimentos adquiridos, aproximando ou conectando a consciência à intuição, inspiração e à sabedoria divina, que são manifestações do mundo superior.

 

Aqui a consciência tangencia o mundo das ideias superiores, que são mais abstratas; é o corpo mais sutil e que está conectado ao mundo da criatividade e da inspiração, onde os seres divino,s de luz, auxiliares invisíveis nos comunicam a verdade. É um nível superior, nível no qual a consciência reflete e busca compreender o significado profundo ou o propósito da vida enquanto ela (a consciência) está encarnada.

 

 

VERDADEIRA E ÚNICA MISSÃO INICIÁTICA DA CONSCIÊNCIA

 

A verdadeira e única missão iniciática da “Consciência” (missão que chamamos de “Trabalho Iniciático” ou “Grande Obra”) quando está encarnada, é viver no mundo inferior, ou seja, experimentar e compreender este mundo físico, encontrando assim a verdade real: que todos somos apenas e unicamente uma “CONSCIÊNCIA PURA”, livre das limitações de todos os sete corpos que revestimos.

 

O trabalho do iniciado é compreender e experienciar esta verdade: que somos a consciência pura, livre das limitações dos corpos que revestimos. Ao nos identificarmos com o observador oculto, nos libertamos dos apegos, medos e ilusões criados pelos corpos. Assim, somente o autoconhecimento (“conhece-te a ti mesmo”) leva ao desapego e gradualmente esse desapego material nos conduzirá a um estado de liberdade espiritual e felicidade plena.

 

Aqueles que somente acreditam na Bíblia, saibam que tudo isso o que dizemos também está indicado nela:

 

Disse outro a Jesus: Senhor, quero te seguir, mas antes, deixa-me despedir da minha família em casa? E Jesus respondeu-lhe: Ninguém que lança mão do seu arado para olhar para trás é merecedor do reino de Deus.” (LUCAS 9:61-62)

 

Da mesma forma, qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.” (LUCAS 14:33)

 

Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão.” (GÁLATAS 5:1 e 13)

 

Assim, a cada etapa evolutiva da nossa vida, a CONSCIÊNCIA (que verdadeiramente somos nós, uma consciência dotada de livre-arbítrio) deve ir experimentando a vida para o seu aprendizado e depois desapegar dessa fase experimentada, pois sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final para dela se afastar e iniciar uma nova etapa, até chegarmos ao final da nossa jornada (jornada da consciência).

 

Se insistirmos em permanecer na etapa mais do que o tempo necessário, nós perdemos a alegria e o ânimo de viver, bem como perdemos a oportunidade de viver e experimentar as outras etapas que precisamos viver para aprender e evoluir.

 

Encerrando ciclos, fechando portas, terminamos capítulos e iniciamos novos.

 

O que importa na vida não é ter, mas ser. Para isso, devemos deixar no passado os momentos que já se acabaram para estarmos abertos ao novo que se inicia.

 

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.

 

Portanto, deixe ir embora, solte, desprenda-se, para começar um capítulo novo.

 

Saiba que o novo só será iniciado quando você encerrar sua ligação com o antigo.

 

Mude de casa, feche a porta, vire o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Desapegar-se é renovar votos de esperança em si mesmo, dando uma nova oportunidade de continuar construindo sua história de vida, cada vez melhor. Liberte-se de tudo aquilo que não tem lhe feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga novos rumos, desvende novos mistérios, conheça novos mundos.

 

A vida continua em movimento, querendo você ou não, e o tempo não perdoa nem te espera. Então, desapegue-se, pois ser livre não tem preço!

 

Ao nos identificarmos como sendo apenas o observador oculto dotado de livre-arbítrio, nos libertamos desses apegos materiais, abandonamos os medos e deixamos as ilusões, que nada mais são que criações dos corpos (físico, de desejo, emocional e mental).

 

Somente o autoconhecimento leva ao processo gradual de desapego e nos conduz a um estado de liberdade e felicidade plena.

 

Como consciência pura que somos (ou o "observador oculto" dotado de livre-arbítrio), nós estamos além dos sete corpos, que são apenas roupas, vestimentas, ferramentas ao nosso serviço.

 

Nossa consciência é divina e, como tal, é uma essência perfeita e imutável, eterna e incondicional, que percebe e testemunha as experiências dos corpos sem ser presa a eles.

 

A verdadeira realização espiritual é reconhecer que não somos nossos corpos, mas sim a consciência que os utiliza temporariamente.

 

O ser humano é muito mais do que a soma das percepções, sensações, emoções e pensamentos produzidos pelos seus corpos. Somos uma consciência divina, eterna e pura, destinada a experienciar e evoluir através dos veículos temporários que são os corpos que nos revestem.

 

A Grande Obra, a jornada espiritual humana, é a descoberta dessa verdade e a liberação das amarras que nos prendem aos corpos temporais, conduzindo-nos à realização da nossa verdadeira natureza, que é espiritual e divina.

 

1. Libertar da gula, dos vícios etc. (exemplos dos apegos do corpo físico).

 

2. Libertar do sexo e demais luxurias. (exemplos dos apegos do corpo de desejos)

 

3. Libertar do vitimismo, da arrogância, orgulho e da vaidade. (exemplos dos apegos do corpo emocional)

 

4. Libertar da curiosidade intelectual. (exemplos apegos do corpo mental)

 

5. etc.

 

 

Boa jornada.

 

Pax et Lux

 

FR+ IRMÃO LEIGO

54 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page