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Foto do escritorThainá Araujo

Primeira Iniciação - Enfrentando os medos.

Antes de mais nada, afirmo estar sem palavras para agradecer cada mão que me guiava de forma tão cúmplice e amorosa.


Tentando encontrar respostas para as perguntas mais profundas e íntimas feitas pelo ser humano (que todos somos) cheguei até aqui.


Pois bem.


Gostaria de começar esse trabalho sobre a minha iniciação de Aprendiz Maçom Adotada, expressando a minha interpretação pessoal sobre a venda que cobriram os meus olhos.


No meu entendimento, ainda incipiente, a venda simboliza e simula a cegueira espiritual que todos possuíamos antes da iniciação, a qual nos conduz para a luz das verdades espirituais.


Aquela venda nos meus olhos foi algo que se destacou e que mais me fez refletir durante a minha iniciação, já que a maior parte do tempo permaneci vendada.


Nesse período no qual permaneci vendada, vinha a todo momento na minha mente pensamentos sobre os meus erros e tudo aquilo que preciso corrigir e melhorar, deixar para trás, para poder merecer que a venda seja retirada e meus olhos espirituais possa vislumbrar as verdades iniciáticas.


Enquanto tentava pensar apenas nas coisas positivas, por diversas vezes refletia sobre a necessidade de ser mais vezes grata para as benesses em minha vida e também dar atenção nas minhas atitudes de forma a praticar mais atos certos, evitando manter tão constantes na minha vida, os erros, que muitas vezes são atos praticados por nós humanos involuntariamente, sem prensar ou perceber.


Foi neste momento que tive um insight, talvez um nível de iluminação gnóstica (intuição ou inspiração), que me fez perceber uma resposta simples, porém verdadeira e eficaz:


"- Percebi que o único jeito evitar os erros e alcançar mais acertos na minha vida, de forma a retirar a venda que me impedem de ver a luz iniciática da verdade, é praticar aquilo que sempre citam como sacrifício, ou seja, para obter algo superior e melhor, necessita-se matar, abandonar, sacrificar o que é inferior."


Isto ficou bem claro para mim como um dever, uma obrigação.


Nas provas e testes dos quatro elementos, confesso e não tenho qualquer receio em dizer que tive muito medo durante as viagens, porém, com medo ou sem medo, eu já estava ali, então, aceitei e fui com medo mesmo.


Percebi que na vida, nada somos ou fazemos se não enfrentamos nossos medos, os quais, muitas vezes surgem devido nossa ignorância.


Portanto, pergunto: "O que seria de nós se não fossemos capazes de enfrentar esses nossos medos?"


O medo é uma autodefesa que nós devemos saber controlar, dosar e usar com cautela e sabedorias, pois muitas vezes, quando nos deixamos ser guiados pelo medo, no final percebemos que o medo foi desnecessários e só serviu para cegar nossos passos na direção dos nossos sonhos.


Não devemos ter medo do desconhecido. Devemos apenas ser precavidos, agir com cautela, evitando os impulsos instintivos que podem realmente nos prejudicar.


Precaução é o mesmo que sentir temor, ou seja, um sentimento que nos induz a ter cautela, sem nos impedir de agir. Porém temer não significa deixar agir ou deixar de duvidar do perigo. Temer é apenas um GRITO interior que serve para nos acordar e vivenciar melhor a nossa vida de forma a agir com mais cautela, prudência e precaução, porém jamais nos impedir de realizar nossos sonhos, a nossa vontade, a verdadeira vontade nesse mundo em que estamos caídos.


Portanto: "SOLVE ET COAGULA".


"Solva os seus medos irracionais e coagule forças racionais para concretizar sua vontade".


Finalizo com uma citação da maestra Blavatsky:


“Antes que a alma possa ver, a harmonia interior deve ser alcançada

e os olhos carnais se tornarão cegos para toda a ilusão”.

— (Helena Petrovna Blavátsky)



Autor: Ir.'. Thaina Araújo - ( 1º ) Ap.'. Maçom Adotada

Revisão: FR+ Irmão Leigo


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Nob∴ Irmã Thainá, gratidão por nos brindar com vosso testemunho e que G∴A∴D∴U∴ lhe ilumine na senda.

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